Escrever o que sinto
é ir alto além de mim buscando encontrar-te.
É como saber as direções dos ventos uivantes
nos rochedos do meu peito.
Ir e vir, ecoando nos vales que imagino
tu andar sem destino a buscar-me.
E tantas vezes ser chuva temporã,
trovoadas destrutivas
ou simplesmente neblina suave.
E como vento, te busco nas areias úmidas
de tua praia,
onde as ondas quebram-se aos teus pés.
Vejo-te reclamar do calor,
do vento quente que o envolve.
Sou eu! Sim sou eu te aquecendo com meu amor...
Sou também o refrigério das noites frias,
onde sonho agasalhar-te em meus braços.
Sou aquele vento que assobia no telhado embalando teu sono,
canto uma melodia romântica,
tu até arrepia-se, mas me ignora...
Te vejo de longe, conheço teu sorriso,
e o tom de tua voz,
e por tantas vezes sei através desses
o que te colore a alma.
Se sossego, e não balanço as palmeiras
ao teu redor,
estou a aquietar o coração, ou sem direção...
Abra teu braços nos mais alto monte
e grite por mim,
eu virei voando e o envolverei
com todo meu amor.
.
Valquíria Calado.
2 comentários:
muito lindooo!
abraços!
Belo poema...Espectacular....
Cumprimentos
Postar um comentário