Soneto de fidelidade
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Vinicius de Moraes
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De tudo, ao meu amor serei atento
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Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
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Que mesmo em face do maior encanto
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Dele se encante mais meu pensamento
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Quero vivê-lo em cada vão momento
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Que mesmo em face do maior encanto
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Dele se encante mais meu pensamento
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Quero vivê-lo em cada vão momento
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E em seu louvor hei de espalhar meu canto
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E rir meu riso e derramar meu pranto
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Ao seu pesar ou seu contentamento
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E rir meu riso e derramar meu pranto
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Ao seu pesar ou seu contentamento
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E assim quando mais tarde me procure
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Quem sabe a morte, angústia de quem vive
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Quem sabe a solidão, fim de quem ama
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Eu possa me dizer do amor (que tive):
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Que não seja imortal, posto que é chama.
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Quem sabe a solidão, fim de quem ama
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Eu possa me dizer do amor (que tive):
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Que não seja imortal, posto que é chama.
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Mas que seja infinito enquanto dure.
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4 comentários:
Sem dúvida, é um dos poemas mais lindos que Vinicius já fez.
Na voz dele, então...!
Beijos.
Uma feliz escolha sem dúvida.
Abraço afetuoso.
Dizer o quê? VINICIUS!!! e basta!
Parabéns pela escolha.
Beijo de boa noite
Lindos versos.
Adoro Vinicius sempre,
mas esse em especial.
Bjins entre sonhos e delírios
A carne ferve
Os olhos fecham(...)
E tudo explode(...)
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