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POESIA CAIPIRA.

  veíse do vô


Vô contá como é triste, vê a veíce chegá,
vê os cabêlo caíno, vê as vista encurtá.
Vê as perna trumbicano, com priguiça de andá.
Vê "aquilo" esmoreceno, sem força prá levantá.
As carne vão sumino, vai parecêno as vêia.
As vista diminuíno e cresceno a sombrancêia. 
As oiça vão encurtano, vão aumentano as orêia.
Os ôvo dipindurano e diminuíno a pêia.
A veíce é uma doença que dá em todo cristão: 
Dói os braço, dói as perna, dói os dedo, dói a mão.
Dói o figo e a barriga, dói o rim, dói o purmão. 
Dói o fim do espinhaço, dói a corda do cuião.
Quando a gente fica véio,
ói que tudo no mundo acontece: 
Vai passano pelas rua e as menina se oferece.
A gente óia tudo, benza Deus e agradece,
Correno ligeiro prá casa, procurano o INSS.
No tempo que eu era moço, o sol prá mim briava
Eu tinha mil namorada, tudo de bão me sobrava.
As menina mais bonita, da cidade eu bolinava.
Fazia aquilo todo dia, o bichim inté desbotava.
Mas tudo isso passô, fais tempo ficô prá tráis.
As coisa que eu fazia, hoje num sô mais capaiz.
O tempo me robô tudo, de uma maneira sagaiz.
Prá falá memo a verdade, nem trepá eu trepo mais.
Quando chega os setenta, tudo no mundo embaraça. 
Pega a muié, vai pra cama, aparpa, beija e abraça,
Porém só faz duas coisa: sorta peido e acha graça...
(autor desconhecido) 


3 comentários:

Edna Lima disse...

É as coisas estão mudando.Silicone e viagra.
Pena que não vão se lembrar pra serve....
Bjs Edna.

piedadevieira disse...

Minha querida, não achei os comentários no post acima. Quero dizer-lhe que qualquer afastamento deixa saudades. Por isso seja breve, sim.
Beijos

Milla Pereira disse...

Óia, qui essa puisia caipira ficô boa dimais da conta, sô. Estou te esperando lá em meu cantinho, bjks.