O teu nome, Helena, lembra-me os gregos
vestindo túnicas de alva luz, o interior das palavras
indivisíveis, que traziam a cor da púrpura
à claridade dos olhos, à memória duma coluna
lisa, donde emana um sopro de harmonias.
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O teu nome, Helena, lembra-me o mar
que desenhou meus ossos mediterrânicos
com ânforas de barro e deuses mitológicos
do Egeu, e musgo já antigo sobre o mármore
das esbeltas praças de Atenas e de Creta.
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O teu nome, Helena, corre sobre o vento
que descerrou os últimos bocejos da luz,
num sereno cântico vindo da terra,
descido dos céus exactos, distantes
do Olimpo, intangíveis às cores da memória
dos que viveram o teu tempo breve.
4 comentários:
O meu elogio que posso fazer ao poema: nota-se que é dele:)
Lindo, muito lindo.
Bjs
Já por lá passei e apreciei a sua sempre grande qualidade.
Muito lindo o poema dele. Até fiz um comentário no outro blg.
Bjs.
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