Acontece que o sentir me encabula, me coloca contra a parede da coerência,
me deixa desarmada e vulnerável, não é que o raciocínio me diz pra fazer,
mas o coração, esse desajustado emocional teima em gritar ensurdecendo todos
os outros sentidos.
A teimosia do sentir, amordaçada, fechado em livros, é colocada numa estante empoeirada da alma, no lugar de esquecimento, mas de lá remoí-se em contorções dilacerantes.
Apago as luzes e fecho os olhos, busco nas lembranças rascunhos sangrentos de episódios e
entendimentos sofridos, neles as forças fragilizam e adormeço... mas vem os sonhos,
perseguidores das noites solitárias, armados com emoções e vontades,
sonhos dentro de sonhos.
Fadigas e dores musculares faz o amanhecer fastioso de vida.
São dias e noites, uns pra lutar com a realidade e outro pra me perder em sonos; Em meio ao acordar as decepções num todo confronta as idóneas verdades do sonho.
4 comentários:
O sentir.. feliz de quem sente, mesmo entre livros, sonhos e realidades, o sentir enaltece o homem.
Lindos textos, a poesia escreve o seu coração.
Um abraço
oa.s
"Há dias tão lindos.
Há momentos tão simples.
O que nos move é essa sensação,
de sentir que alguém que se importa,
e gosta da gente de verdade."
Beijo.
Escrevendo com o coração Valquiria é sempre lindo e especial!
Bjs
Quem escreve assim...
Muito bom,mesmo!
"O amanhecer fastidioso da vida..."
Escreve maravilhosamente bem,Valquíria!
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