Quão formosas são as mãos que se juntam,
que celebram a comunhão das almas, na sonhada união.
Foram pequeninas, as mãos, nasceram incoordenadas,
treinadas a manuseios seguros, ensinadas a dar e receber.
Tantas vezes com elas ganhei o pão, e limpei chão.
Alimentei, embalei e abracei.
Amor que dei em lágrimas, e que enxuguei.
Hoje a vida vestida de rugas, e vincos.
É pele fina ressequida pelo tempo,
é tremor, insensibilidade,
agora minha mão fragilizada pela idade sem força e agilidade.
São calos secos unhas sem brilho,
minhas mãos precisam do seu abrigo.
Do calor das suas, da segurança e afeto.
Preciso que me ajude a levantar se eu cair, te peço,
e se não for pedir muito siga comigo nesse caminhar.
Sou as mãos que seguraste
naquele momento que nada dizia
as mãos inquietas tudo traduzia...
Agora neste tempo da vida, sustente minha mão
Me leve pela vida, me dê carinho amor e compaixão,
torne o fim dos dias comunhão.
Meus olhos podem estarem fechados
o coração acabrunhado
mas as mãos não preciso estender
na tua direção pra compreender...
Dai-me tua mão sobre o meu coração
sinta o calor do amor, do sonho que restou segure minha mão.
Receba-me antes que as recolha ao chão.
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valquíria calado
Um comentário:
Minha querida
Hoje passando para oferecer o meu selinho de 2 anos de blogue, feito com o carinho das vossas palavras e com a amizade dos vossos comentários, que me enchem o coração de calor.
Beijinhos
Rosa
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