O sábio destino do vento
nos empurra à frente quando acabam as forças
expele-nos dos cantos
secam o pranto, e os suores da luta.
O vento faz as estações e dá valor ao tempo
ele leva ao esquecimento as magoas
impiedosamente também os prazeres.
Jaz no tempo as promessas
as dividas e as certezas absolutas dos caminhos.
Pois no tempo tudo se acresce e se perde
a valores e penhores
no tempo devido, indevido de cada coisa.
Conheço os ventos e seus caminhos
porque fui arrastada por ele por cada ruela da vida
E foi neles que conheci os labores, sagas e lágrimas
momentos meus nos braços do vento.
O vento trouxe-me canções de amor
com ele passei por canteiros de ventos perfumado
despetalei os bem-me-queres da vida...
E foi no vento que dancei a valsa da saudade.
O vento entregou-me a ampulheta vencida
contemplada por olhares desiludidos, tempo vão.
Vi tudo que poderia ter sido...
Ele concordou em secar minhas lágrimas.
A ventania joga-me de um lado ao outro
sacode-me, acordando dos sonhos
me diz pra seguir, até varre o caminho que tenho de ir...
Olho pra trás, me seguro no nada.
O tempo me consola
me diz que o vento me levará a seguir
que ele o tempo, sarará as feridas
que tudo passa nessa vida...
valquíria calado.
Um comentário:
Nós é que pensamos que não... mas tudo é superável!
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