Eu (Valquíria), denuncio, e alerto, depois de ter conhecido de dentro a situação.

Eu estou aqui para relatar um caso ocorrido comigo há alguns meses, falo dele agora porque vejo a violência acontecendo, casos semelhantes, e até piores nesses dias. Quero alertar e me solidarizar com, e aos amigos.
Eu fui refém de um bandido por telefone, acreditem isso pode acontecer.
Nós que temos filhos jovens fora de casa, estudando ou trabalhando, costumamos receber ligações de amigos e colegas dos filhos, alguns conhecemos, outros ouvimos falar, e estranhos. Mas somos simpáticos, e educados, anotamos recados e repassamos, ou damos número de telefone, até sexta comum, era normal. Até que um rapaz liga e puxa conversa, me chamando de tia, eu respondia displicentemente, e nem me lembro quantas frases respondi... Até que me disse: " tia, fique calma, isso é um sequestro, estamos com sua filha, e gritou para alguém: trás ela ai... Uma suposta moça chorando muito, gritando mãe, faça o que eles pedem, estão me machucando, querendo me matar se a senhora não obedecer... Ele continua gritando, também comigo. Perguntou-me se tinha entendido o recado e disse: agora vamos negociar".
Não preciso dizer como eu fiquei ... E nenhuma palavra descreveria o sentimento de impotência e responsabilidade que me tomou, eu chorava, ele gritava, para parar, eu tremia tanto que o telefone cai das mãos; Ele perguntou se eu tinha problemas de saúde, e mandou-me tomar o remédio da pressão.
Depois mais de quatro horas de impasse onde eu dizia que não tinha aquela quantia, eu já sem resistência, e emocionalmente abalada, me toca a campainha da porta. Graças a Deus, pude pensar; por que eles não nos deixam respirar, estão preparados para mudar de estratégia dependendo da situação psicológica e financeira. Expliquei que teria de atender a porta, porque era um compromisso marcado e a pessoa sabia que eu a estava esperando, ele disse que queria que eu fosse e levasse o telefone, que eu dispensasse a pessoa, mas eu retruquei, falei que o telefone não podia, tinha fio... Ele mandou que fosse rápida e que estava me esperando. Cheguei correndo a porta e cochichei que a moça fosse correndo ao mercado da esquina, que e pedisse ajuda... Os vizinhos vieram e tomaram e ligaram a minha filha enquanto eu ficava no fone com eles, minha menina atendeu, e ai pude desligar o telefone em paz com meu coração.

Isso tudo aconteceu depois que eu fiz uma homenagem a minha filha, divulguei no blog valvesta, e no facebook.

Minha menina tinha passado no vestibular, trabalhava e morava longe de casa, sem me aperceber do que fazia, cheia de emoções maternas e orgulho, dei as informações que os malandros queriam.
Agradeço a Deus, terem chagado meus amigos, e poder contar com a solidariedade dos vizinhos, porque, confesso eu estava vulnerável.
Escrevo ainda emocionada, é um alerta, para que todos saibam, que ninguém está livre de passar essas dores, de sofrer situações semelhantes, e não diga que é altamente sábio para identificar e contornar uma situação desta, seja ela real ou fictícia, sem sofrer danos.
Manter a calma é o conselho que damos e que nos dão, mas na nossa pele arde... E pelo sim ou não, é uma vida que nos é preciosa, e não devemos descartar a possibilidade de ser verdade; Eu na situação, por mais dolorosa que fosse não quis ariscar, nem ceder as ameaças, por isso deixei falar e ouvi, só desobedeci o moço quando tive certeza que minha filha estava a salvo, fui contra as regras, mas digo, é muito desgastante e dói... O que me desesperou foi estar só, sim, porque depois que desliguei, liguei a policia, que passou-me de um para outro, e mais um outro numero e por fim uma policial riu do meu nervoso e me mandava ficar calma, dizia que era assim mesmo e que outros também tinham passado por isso, que já estava virando rotina tal situação. Indignada lhes perguntei se queria os números das contas que eles tinham dado, se queriam os telefones que tinham deixado, etc. Ela disse não! Eu chorei com raiva, me sentindo impotente diante de tudo que tinha acabado de sofrer e do pouco caso que as autoridades dão a nossa dor.
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ALERTO QUE TOMEM CUIDADO COM AS INFORMAÇÕES QUE PASSAM A RESPEITO DA NOSSA FAMÍLIA.

 AS REDES SOCIAIS NÃO IMPORTAM-SE COM NOSSA SEGURANÇA.

ME PERGUNTO PARA QUE TANTAS PERGUNTAS E TANTOS DADOS ÍNTIMOS DA NOSSA VIDA. 

PROTEGER A QUEM AMAMOS E A NÓS MESMO É DE NOSSA RESPONSABILIDADE.

ALGUMAS DICAS QUE PODEM AJUDAR, MAS NEM SEMPRE AS SITUAÇÕES SÃO IGUAIS, QUE DEUS NOS AJUDE, JÁ QUE AS AUTORIDADES TÃO POUCO FAZEM A ESSE FAVOR.

- Nunca atenda ligações a cobrar de desconhecidos. Nem polícia, nem bombeiros avisam sobre acidentes. Esse procedimento cabe sempre ao hospital que recebe a vítima.

- Não ajude o bandido, cuidado com suas respostas, elas podem ajudar o bandido dando-lhe informações. Ex: Sua filha sofreu um acidente? R: A Fernanda?… Em nenhuma hipótese revele nomes de parentes a desconhecidos ao telefone.

- Tire os adesivos dos carros: escola ou faculdade onde estuda, academias onde malha, retire todos esses adesivos.

- Cuidado com as informações passadas pelo Orkut. Alerte seus filhos, usuários mais comuns.

- Oriente os idosos: Pela sua vulnerabilidade, podem ser vítimas mais fáceis desses golpes ao prolongar conversas e dando informações.

- Pare para raciocinar: Fique calmo, não entre em pânico. A situação é difícil, mas tente de alguma forma checar se a informação é verdadeira.

- Desobedeça ao bandido: Ligue para o suposto sequestrado, ainda que o bandido diga para não fazê-lo. Se conseguir contato, o caso está resolvido. Senão, tente um amigo ou parente dele.

- Desconfie de ligações longas: Segundo estatísticas da PM, 90% dos primeiros contatos feitos por sequestradores reais duram menos de um minuto para não serem rastreados.

- Duvide do choro das vítimas: Apelos chorosos de vítimas sequestradas têm sido frequentes e abalam a família.

- Raramente sequestradores de verdade telefonam do mesmo lugar em que está a vítima, pelo mesmo motivo do rastreamento e da localização do cativeiro.

QUE DEUS ABENÇOE A TODOS.

TENHAM UM NATAL FELIZ NA PAZ DO SENHOR

NO SEIO DO AMOR DA FAMÍLIA.