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Poema pra ser declamado ao som de um hino.
de Leane Teixeira Mucci

Nunca saberei dizer a bem dizer
se uma mulher é  uma janela ou uma porta
se é luz alaranjada, magnética no começo
ou no fim do Tunes
se é muro de granito ou pulseira de ametista...
se é a unidade ou o exercito,
se é a inspiradora de canções ou a própria canção!
não saberei dizer, a bem dizer,
 se a mulher é imortal ou se é mortal mesmo
de carne e osso, perto da paixão...
Amada, mãe, tia, irmã, avó, madrinha
ou se infinitamente,
tão somente é a companheira e a poesia!
Para pintar o seu retrato hei de chamar os tons e semitons
móveis e irrepetíveis e estirar o painel à luz do sol
ou à carícia das estrelas...
 hei de salgar seu retrato na água densa dos oceanos
e pentea-lo no infinito espaço de todas as galáxias
hei que pregá-la sobre a terra sem adjacências
e dar-lhe o nome bandeira, pausa, árvore, porto de salvação!
Podia começar de Eva ou Lilit e desencanderar os elementos
pegar as pulseiras estendê-las, pegar os punhos e levantá-los,
pegar os braços e comovê-los, pegar o corpo inteiro
como defesa e arma para o rondel da vida...
Podia prosseguir de Sherazade e Selma Lagerloff
e ir armando as Histórias para as crianças e os reis...
Podia defender de Joana D´Arco, Anita Garibalde,
Olga Benário e Coração Aquino.
E entardecer de Fernanda Monte Negro
e Gabriela Mestrel, e me santificae Tereza de Calcutá,
podia reviver os nomes esquecidos e anónimos
que estiveram ao lado com e dentro, nos turbilhões
corridos da existência como logos!
Se a mulher é calmaria ou tempestade, granizo, pétala,
areia de ampulheta... não sei mesmo dizer
se ela desdobra a alma das cachoeiras ou dos lagos
pelos quilómetros alternados dos ofícios e dos agrados.
Que têm as redes, os fusos, os bilros, os labirintos...
Se a mulher é uma caixa de surpresas que solta guizos, risos
sustos, solavancos, ou se é um cofre fechado a sete chaves
que tem lábios selados, comprimidos...
Se ela é aqui neste momento de já e de agora,
ou ontem e anteontem, ou se ainda está por vir...
Se tem a forma de lança, serra, clave, agulha de bordar,
ou de leque, lenço, leme, pena de andorinha...
Não sei bem dizer ou definir o ser mulher, que participa
junto com o homem independente neste mundo de todas as agruras e prazeres que sobre vêm do amor.

Poetisa Laene Teixeira Mucci,
Ponte Nova, de Minas Gerais, Brasil.





7 comentários:

Taddeu Vargas disse...

Olá Valquíria, como é bom passar por aqui e ler um belo poema. Parabéns pelo blog lindo e interessante!
Um beijo imenso e uma bela terça-feira.

Alguém... disse...

Mais um belo poema :)
Beijinho e tenha um bom dis*

piedadevieira disse...

Que belo poema! Vale a pena ser mulher...
Beijos

Vivian disse...

...um dos poemas mais lindos
que já escreveram sobre a mulher,
este bicho que sangra, fortaleza
das fortalezas dentro da delicadeza.

maravilha de post!

um beijo, querida!

Anônimo disse...

"Ame as suas visões e os seus sonhos como se eles fossem as crianças da sua alma, os planos de suas maiores realizações."

(Napoleon Hill)


Sonhos & Flores ____Abraços mil! M@ria

Por toda minha Vida disse...

Boa tarde, Valquíria.

Lindo, demais. Mas até para nós mulheres nos decifrarmos é difícil, nos definir é confuso, mutante.

Beijo

Renata

(CARLOS - MENINO BEIJA - FLOR) disse...

"A mulher é a grande porta do universo". Parabéns pelo poema. Beijos