Soneto.
Não pode Amor por mais que as falas mude
exprimir quanto pesa ou quanto mede.
Se acaso a comoção concede
é tão mesquinho o tom que o desilude.
Busca no rosto a cor que mais o ajude,
magoado parecer os olhos pede,
pois quando a fala a tudo o mais excede
não pode ser Amor com tal virtude.
Também eu das palavras me arredeio,
também sofro do mal sem saber onde
busque a expressão maior do meu anseio.
E acaso perde, o Amor que a fala esconde,
em verdade, em beleza, em doce enleio?
Olha bem os meus olhos
responde.
*AntónioGedeão
.............................................................................................................................. Tempos em tempos, de temporais
de ventos bravos
arrasantes
de memorias retorcida
de lembranças esquecidas
de valores desvalorizados
é passado
Mexer em gavetas
vasculhar entulhos
limpar o sótão
ver o que de bom ficou
e aparar as arestas que restou.
Fui buscar-te no breve passado
nada encontrei...
desejei vê-lo nas gavetas...
olhei no relógio do tempo
havia passado.
Onde ficou o sonho amado?
Vivo num passado vivido
e só por mim lembrado.
Será o amor um cometa que só alguns viajam em sua luz?
Valquíria
.
7 comentários:
Ahhhh os olhos sempre revelam tudo.....
Lindos ambos sonetos, amiga.
Boa semana, beijos.
Não vou falar do Gedeão (de quem gosto).
Prefiro a tua luz.
A lembrança é o que faz de nós o que somos. Também. As tuas serão grandes. Não o fossem e não serias o que és:)
oi aniga, sempre que possivel venho te ver, (estudando), lindo texto amei bju terê.
luz, amor, lembranças e reviver..
e viver!
beijos Valquiria
Valquiria,
Que possamos todos encontrar
nossa luz ...
Lindas poesias.A sua e a do Gedeão.
Bjo e uma Semna de Paz.
Sempre bom passar por aqui, ler belos poemas e ouvir boa música. Só faltou o cafezinho...
Abraços
PAZ e LUZ
Divino Mama... teu sentir é aquele que sacode a alma e faz pensar...
Beijo em ti com amor,
Filhota
Postar um comentário