No louvre diante da Vénus de Milo
À Monique (honrosa homenagem)
É na singularidade desta superfície singular lisa
mostrando ainda a vertiginosa passagem do tempo
que acende memórias cada vez mais acesas na memórias,
passando por aqui como passo na imensidade
da tua presencíssima presença do instante.
É aqui nesta singularidade abstração nua
que de tão estática se acende em desassossego
a sossegar-me o equilíbrio imaterial dos ossos.
É aqui meu amor onde amamos hoje
mármore sobre mármore cobrindo em pó
o mar da paisagem neolítica da cidade.
É aqui meu amor meu binômio de Newton
É aqui.
José Vieira Calado.
(do livro, como um relógio de areia, transcrito no original)
11 comentários:
Belo Poema de Vieira Calado.
Poeta que muito admiro.
Beijo.
isa.
Vieira Calado foi muito feliz no texto. E essas estátuas são sempre muito bonitas. Carregam um mistério.Beijos
Belo texto do Vieira Calado. E essas estátuas são sempre muito bonitas. Carregam um mistério. Beijos
Ola Querida Valquiria,
Saudades do seu espaço.
Estou um pouco sumida pois mudei de cidade e agora que estou voltando a postar aos poucos.
Não me esqueci da suas poesias, alias, jamais me esquecerei do seu lindo nome.
Um beijo,
olá, familia calado, virtuosos parabens lindo poema , bela imagem, bju terê.
Muito bom esse teu amigo! Escreve de uma forma peculiar sobre assuntos nem sempre evidentes...
É uma pena que por cá o livro esteja esgotado.
Beijo
E aqui... Se leiem lindas palavras.
Beijo.
Uma poesia que contém o amor na arte e com ela se mistura.
Linda!
Bjs.
A beleza é sempre intemporal... tal como o amor mais o desejo!
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