AURORAS E PÁSSAROS
Quando me privas de ti
me deixas com amargo na boca
ardendo o sal na alma.
Esquece-te da dor que me sangra
da vida que grita das entranhas
sedenta, carecendo-te amar.
Esquecendo-se que oprimes o
sonhar rejeitas a esperança que trás primavera.
Na ampulheta da vida, nos ciclos do corpo
nascem desejos ardentes, libertos de mágoas
famintos de prazeres, inconscientes da razão.
Sou eu que te busco em cada amanhecer.
desabrochando atrasadas emoções.
No vazio do toque, na insatisfação da ausência
eu que o chamo, ecoando um fado choroso
no que poderia ser um gozo.
No inconformismo nasce o dia
a cantar notas triste, os pássaros voam
seria eu a tristeza que colore o dia de cinza...
.
no silencio ecoante de minha alma.
Despercebida solto um gemido no ar.
Bem que você podia me amar
acordar do meu lado, me fazer sonhar...
ouvir os pássaros a cantar.
.
valquíria calado
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