Eu não entendo porque tenho de ser exatamente na medida,
 no peso, na espessura, na textura, no odor, no encaixe da tua ilusão.


A muito deixei de ser a menina boneca, que usava tranças, vestidos rodados,
e fitas coloridas, sorria por um pirulito, e me encolhia ao eco dum grito.


Não tenho de ser o que queres, eu sou na forma  que escolhi, o meu eu tem liberdade. Expresso,  exergo o mundo com meus olhos,  não mais com os teus.


Subestimar a mim, enquadrando-me nas limitações, é um erro seu;
Os instintos, a intuição, e até mesmo os olhos do coração, me dão direção.


O que sou é translúcido, jorra entre pedras lisas nas ribeiras deste manancial, viabiliza à acaricia, refrigera à ardência do peito, e permanece em fartura de amor.


valquíria calado