Parada frente ao cais da vida
eu vejo ondas quebrando-se...
eu vejo ondas quebrando-se...
Tentando arrancar a segurança dos meus pés.
Vejo as cores do horizonte perdendo-se dentro da neblina
e toda convicção e imagens nele desenhadas desaparecendo.
Tudo que pensei existir, tocar, constituir
desintegrasse no ar deixando só a sensação
que foi uma miragem, nada mais.
desintegrasse no ar deixando só a sensação
que foi uma miragem, nada mais.
Tento me convencer e esperar a dissipação das trevas
Mentalizo um dia de sol
gaivotas ao meu redor, vento suave
trazendo um barquinho branco, que me trará estrelas
colhidas no fundo desse mar.
gaivotas ao meu redor, vento suave
trazendo um barquinho branco, que me trará estrelas
colhidas no fundo desse mar.
valquíria calado
5 comentários:
"Nunca chegamos ao fundo da nossa solidão."
Tão bela e perfeita narrativa que me vi nese cais, esperando pelo meu amor, Val. Querida, vim matar saudades deste espaço que traz paz e alegria. Linda tarde, beijos.
me transportei amiga..
imagens intensas..
beijos sempre..
Valquiria, adorei seu poema, adoro mar, gaivotas, tranquilidade...
obrigada pelo carinho deixado no oceano.
um abraço
oa.s
Assim como o sol é uma certeza no nosso sistema , solidão é um poço no qual afundamos para que retomemos com clareza o cetro do nosso próprio sistema e busquemos a nossa luz. Como você detalhou tão bem o seu poema...Como tantos de nós nos vemos nêle..Muito tocante!
beijos.
Postar um comentário